quinta-feira, 24 de março de 2011

Britânico recupera iPhone roubado após perseguição guiada por GPS

Um estudante britânico protagonizou uma improvável cena de ação no centro da cidade de Manchester, ao descobrir que seu smartphone havia sido roubado dentro da própria universidade.
James Bird, de 20 anos, contou ao "Lancashire Telegraph" que estava usando um computador na sala de informática da Universidade de Manchester e, após uma breve distração, viu que seu iPhone havia desaparecido da mesa.
O estudante de engenharia espacial acionou um aplicativo de localização do aparelho que, com informações transmitidas por GPS, indicou onde estava o iPhone furtado.
Bird partiu para a perseguição do suposto bandido com a ajuda de um amigo, enquanto outro monitorava, no computador, o caminho que estava sendo percorrido em tempo real pelo iPhone.
APLICATIVO
Após correr quase 1 km pelo centro de Manchester, Bird identificou o suspeito, que estava entrando em um ônibus.
"Entrei no ônibus logo atrás dele e perguntei: 'Você está com o meu telefone, não?'."
Diante da negativa, Bird contou com a ajuda do motorista do ônibus, que disse que só moveria o carro se o suspeito provasse que não havia furtado o aparelho.
"Por fim, o cara disse 'aqui está', e me devolveu (o iPhone), mas não pediu desculpas nem nada. Só desceu do ônibus e saiu andando."
O suspeito acabou detido por um policial que estava próximo ao local.
Bird usou o aplicativo Find My iPhone (disponível no link http://www.apple.com/mobileme/features/find-my-iphone.html e que também serve para o iPad), que ajuda a localizar aparelhos perdidos com a ajuda de GPS.
Ele disse que se sentiu aliviado por ter recuperado o aparelho --que lhe custou 500 libras (R$ 1,3 mil)-- de forma tão rápida, graças à tecnologia. "Eu estaria perdido sem meu iPhone", disse ao jornal.

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 23 de março de 2011

O analista de sistemas... (nada contra os Gerentes de Projetos)

Um homem anda por uma estrada próxima a uma cidade, quando percebe, a pouca distância, um balão voando baixo. O balonista lhe acena desesperadamente, consegue fazer o balão baixar o máximo possível e lhe grita:

- Ei você, poderia ajudar-me? Prometi a um amigo que me encontraria com ele às duas da tarde, porém já são duas e meia e nem sei onde estou. Poderia me dizer onde me encontro?

O outro homem, com muita cortesia, respondeu:

- Mas claro que posso ajudá-lo! Você se encontra em um balão de ar quente, flutuando a uns vinte metros acima da estrada. Está a quarenta graus de latitude norte e a cinqüenta e oito graus de longitude oeste.
O balonista escuta com atenção e depois pergunta-lhe com um sorriso:

- Amigo, você trabalha como analista de sistemas?

- Sim, senhor, ao seu dispor! Como conseguiu adivinhar?

- Porque tudo o que você me disse está perfeito e tecnicamente correto, porém esta informação me é totalmente inútil, pois continuo
perdido. Será que você não tem uma resposta mais satisfatória?

O analista fica calado por alguns segundos e finalmente pergunta ao balonista:

- E você, não seria por acaso um Gerente?

- Sim, por um acaso sou um gerente. Por que?

- Ah, foi muito fácil! Veja só: Você não sabe onde está e nem para onde vai. Fez uma promessa da qual não tem a mínima idéia de como irá cumprir e ainda por cima espera que outra pessoa resolva o seu problema. Continua exatamente tão perdido quanto antes de me perguntar. Porém, agora,por um estranho motivo, a culpa passou a ser minha...

Discalculia: você sabe que distúrbio é esse?


Livro ensina a identificar portadores de discalculia

A discalculia é uma versão numérica da dislexia. A principal característica do distúrbio é a dificuldade em correlacionar o símbolo de um número com o número de objetos representados pelo símbolo. Porém, estudos com disléxicos são dez mais abundantes.
Alex Bellos aponta que, entre as diversas razões que explicam essa desproporção nas pesquisas, "o tabu social em relação a pessoas ruins em números é muito menor do que para os que leem mal."
Em "Alex no País dos Números", além de explicar curiosidades matemáticas e de narrar aventuras num cassino em Nevada, o autor investiga o jogo de Sudoku e seus inventores, o raciocínio quantitativo de tribos indígenas da Amazônia e alunos que fazem cálculos apenas imaginando o funcionamento de um ábaco.
Bellos estudou matemática e filosofia. Em 1998, tornou-se correspondente do jornal britânico "Guardian" no Rio. Com a experiência no país do futebol, escreveu "Futebol: O Brasil em Campo" (Zahar, 2002).
Publicado no Brasil pela editora Companhia das Letras, o volume tem lançamento previsto para a segunda semana de abril e estará disponível em diversas livrarias.
Leia, abaixo, um trecho do exemplar que explica como identificar o problema.
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Será que os humanos precisam de palavras para números acima de quatro para ter um entendimento exato deles? Não é nisso que crê o neurocientista Brian Butterworth, professor da Universidade de Londres. Ele acha que o cérebro contém uma capacidade inerente para compreender números exatos, que chamou de "módulo de número exato". Segundo sua interpretação, os humanos apreendem os números exatos de itens em pequenas coleções, e ao acrescentar números um a um a essas coleções podemos entender como se comportam os números maiores. Butterworth vem realizando suas pesquisas no único lugar fora da Amazônia em que existem grupos indígenas quase sem palavras para números: o interior da Austrália.
A comunidade aborígine Warlpiri vive perto de Alice Springs e só tem palavras para um, dois e muitos, enquanto os Anindilyakwa de Groote Eylande, no golfo de Carpentária, só têm palavras para um, dois, três (que às vezes significa quatro) e muitos. Em um experimento com crianças de ambos os grupos, um bloco de madeira era martelado por um bastão até sete vezes, e contadores foram dispostos num tablado. Às vezes o número de pancadas era igual ao número dos contadores, às vezes não. As crianças foram perfeitamente capazes de dizer quando os números conferiam e quando não conferiam. Butterworth argumentou que para obter a resposta certa as crianças estavam produzindo uma representação mental do número exato, que era suficientemente abstrato para representar uma numeração ao mesmo tempo auditiva e visual. Essas crianças não tinham palavras para os números quatro, cinco, seis e sete, mas eram perfeitamente capazes de guardar essas quantidades na cabeça. As palavras podem ser úteis para entender a exatidão, concluiu Butterworth, mas não são necessárias.
Outro ponto importante do trabalho de Butterworth - e de Stanislas Dehaene - é um distúrbio chamado discalculia, ou cegueira para números, que faz com que a pessoa tenha uma noção imperfeita dos números. Ocorre em cerca de 3% a 6% da população. Os que sofrem desse distúrbio não "apreendem" os números da mesma forma que a maioria das pessoas. Por exemplo, qual dos números abaixo é o maior?
65_______________________________________24
Fácil, o 65. Quase todos nós chegaremos à resposta certa em menos de meio segundo. No entanto, para quem sofre de discalculia pode levar até três segundos. A natureza do distúrbio varia de pessoa para pessoa, mas os portadores do distúrbio em geral têm problemas em correlacionar o símbolo de um número, digamos 5, com o número de objetos representados pelo símbolo. Também têm dificuldade para contar. Ser portador de discalculia não quer dizer que a pessoa não saiba contar, mas os que sofrem desse distúrbio tendem a não ter a intuição básica sobre os números e por isso recorrem a estratégias alternativas para lidar com eles no cotidiano, usando mais os dedos, por exemplo. Os doentes mais graves mal conseguem ver as horas.
Se você aprendeu bem todas as matérias na escola mas nunca conseguiu passar num exame de matemática, é possível que sofra de discalculia. (Mas se você sempre repetiu em matemática, é provável que não esteja lendo este livro.) Considera-se que esse distúrbio seja uma das principais causas da inaptidão para a aritmética. Do ponto de vista social, é urgente que se entenda a discalculia, pois adultos com inépcia aritmética são mais sujeitos ao desemprego e à depressão do que as pessoas normais. Mas pouco se sabe sobre este mal, que pode ser visto como uma versão numérica da dislexia: os sintomas são comparáveis por afetarem mais ou menos a mesma proporção da população e por não influenciarem a inteligência de modo geral. No entanto, sabe-se muito mais sobre dislexia do que sobre a discalculia. Aliás, estima-se que existam dez vezes mais estudos acadêmicos sobre dislexia do que sobre discalculia. Entre as razões que explicam essa desproporção está a existência de muitas outrasrazões para ir mal em matemática - pelo fato de a matéria ser mal ensinada na escola, ou por ser fácil ficar para trás quando se perdem lições em que são apresentados conceitos cruciais. Também o tabu social em relação a pessoas ruins em números é muito menor do que para os que leem mal.
Fonte: Folha On Line

Nokia vai iniciar negociações de demissão no final de abril

A Nokia vai começar a negociar substanciais demissões de seus funcionários, no final de abril, depois de fechar um acordo de parceria com a Microsoft, anunciou o grupo finlandês na quarta-feira.
A Nokia, maior fabricante mundial de celulares pelo critério de volume, no mês passado anunciou uma reformulação de estratégia, abandonando sua plataforma de software e anunciando que usaria o Microsoft Windows Phone, o que prejudicou suas ações.
Os sindicatos finlandeses temem que a decisão possa custar milhares de empregos no país escandinavo.
Um porta-voz da Nokia informou que a empresa havia comunicado aos representantes dos funcionários na terça-feira que as negociações começariam "pelo final de abril."
Isso significa que qualquer anúncio de demissões deve vir depois da eleição finlandesa em 17 de abril.
Jorma Ollila, presidente do conselho da Nokia, disse ao diário finlandês Helsingin Sanomat que ainda não havia planos precisos para os cortes de custos.
"Trata-se de uma reestruturação mundial do nosso desenvolvimento de produtos; não se refere apenas à Finlândia", afirmou. "Não há nada no horizonte que seja especialmente horrível para a Finlândia, ou permita argumentar que a Finlândia não seria bem tratada", disse.
Os grandes acionistas da Nokia apoiam a nova estratégia para os smartphones, mas alguns deles estão impacientes quanto ao cronograma, disse Ollila.
"Conversamos com 20 a 30 dos acionistas mais importantes, e a mensagem deles é muito clara. Consideram que a estratégia é boa e que a decisão de adotar o Windows foi correta", teria dito Ollila.
"Mas não gostam da ideia de que estamos iniciando um período de reestruturação que pode durar 18 meses ou dois anos. É um prazo tão longo que alguns investidores não têm paciência para esperar", disse ao jornal, acrescentando que a cotação das ações da Nokia é "dolorosa para o conselho".
As ações da empresa caíram em quase 30% desde o anúncio da parceria com a Microsoft, e mostravam queda de 0,5%, cotadas a 5,885 euros (US$ 8,36), no começo do pregão.

Fonte: Reuters

terça-feira, 22 de março de 2011

SAP quer capacitar cerca de 2 mil profissionais no Brasil

Comprometida com a estratégia de ampliar os negócios no Brasil e na América Latina, a fabricante de software alemã SAP pretende, ao longo deste ano, capacitar mais de 2 mil profissionais no País. “Buscamos pessoas não só com perfil de consultor de venda, mas também implementador das nossas plataformas. Colaboradores que suportem todo o ciclo da solução no cliente”, diz Markus Schwarz, líder global de Educação da SAP.
De acordo com o executivo, para colocar a ideia em prática, a empresa vai atuar com base em duas frentes. Uma delas é estabelecer parcerias com o governo e universidades locais para oferecer especialização a profissionais independentes. Hoje, segundo o diretor de educação da SAP Brasil, Adjalmo Grando, a companhia possui aliança com 11 instituições de ensino no País.
A outra visa promover capacitação das equipes de TI dos parceiros ou reciclagem do conhecimento já adquirido. “Nossos clientes esperam qualidade. Por isso, é muito importante contar com um canal qualificado. A criação de um ecossistema com esse perfil é fundamental para nós e para o profissional  gera diferencial competitivo”, pontua Martha Gonzalez, vice-presidente de Educação da SAP na América Latina.
Nos últimos quatro a cinco anos, a SAP, prossegue Martha, capacitou mais de 30 mil profissionais na América Latina. “Há uma demanda muito grande na região, em razão do crescimento do mercado e da necessidade dos negócios”, afirma. Até o final de 2011, na região serão capacitados mais de 7 mil profissionais (que passarão por reciclagens ou buscarão a primeira especialização).
Fonte: Computerworld

domingo, 20 de março de 2011

Especialistas cogitam: O Android pode morrer

Segundo experts em direito autoral, a Google usou partes de um programa de software livre e o transformou em sistema proprietário.

Alguns especialistas na área de direitos autorais alertam para o potencial colapso do ecossistema do Android, plataforma operacional proprietária da Google.
Segundo os experts, o sistema viola os direitos de distribuição que regem o Kernel (núcleo operacional) do sistema Linux – base do sistema móvel.
Esse é o segundo front em que a empresa é atacada nesse momento. A outra batalha se dá contra a Oracle, por uma suposta violação da plataforma Java, de propriedade da organização famosa por manter o sistema Solaris, desenvolvido pela Sun, empresa adquirida pela Oracle no início de 2009.
Até agora, nenhuma ação legal foi iniciada contra a Google no caso do Kernel Linux. Ainda assim, há quem tenha publicado textos fazendo uma análise do uso de códigos Linux, protegidos pela versão nº 2 daGPL.
Apesar de o Kernel ser um elemento de fonte público e estar disponível para desenvolvedores, qualquer produto que envolva o uso desse programa precisa ser distribuído seguindo as mesmas leis de copyleftque regem a distribuição de softwares livres. “Precisamente, a questão se volta à biblioteca responsável por realizar a comunicação do Android com a camada que abriga o Kernel Linux”, escreve o criador da campanha NoSoftwarePatents Florian Mueller.
“A Google copiou 2,5 MB do código de mais de 700 cabeçalhos (headers) e outros elementos, e explicita – em uma seção que inicia cada arquivo gerado – não haver qualquer informação protegida pelas leis de copyright”, cita o autor do post.
Mueller nota que a GPL reza a distribuição de produtos derivados “seguindo as mesmas leis”, ou seja, a suposta infração da Google consiste em publicar o Android sob uma série de licenças que incluem a GPL, além de outras, de cunho mais restrito, como o Apache e outros de licenças proprietárias. Vale lembrar que a licença do Apache, não está sujeita às determinações de copyleft.
Edward Naughton, advogado especializado em direitos autorais, publicou um texto que endossa as afirmações de Mueller.
Na coluna, Naughton explica que a Google construiu o sistema Android com base no Linux, sistema operacional aberto licenciado em acordo com a versão 2 das licenças públicas GNU (GPLv2). Tal licença é do tipo copyleft, que prevê a herança da livre distribuição para todos os produtos derivados. É permitido modificar o código, mas tal liberdade é guarnecida da obrigação de partilhar qualquer desenvolvimento também de maneira livre. O cerne da licença GPLv2 consiste em preservar o direito à livre distribuição e evitar que alguém se apodere da tecnologia.
Naughton também se inspirou nas declarações do professor de Direito Raymond Nimmer que, depois de examinar o uso do código Linux no Android, declarou-se surpreso. “Fico espantado com a aproximação agressiva e inovadora da Google em desenvolver a Biblioteca BIONIC, um componente essencial do sistema Android. É uma biblioteca C usada por todos os desenvolvedores que precisam acessar funções essenciais do sistema operacional Linux. A Google praticamente copiou centenas de arquivos de código Linux que jamais deveriam ser usados pelos desenvolvedores de aplicativos no estado em que estão. Depois disso, a empresa “limpou” esses arquivos usando técnicas questionáveis e sem nenhum padrão conhecido. A Google pass ou a distribuir seus produtos sem submetê-los à licença GPLv2, o que permitiu aos desenvolvedores que criassem livremente dispensando a livre distribuição, antes prevista na licença original."
A Google ainda não atendeu às solicitações de entrevista da NetworkWorld/EUA, e como mencionamos acima, até o presente momento, as supostas violações não originaram nenhuma ação legal. Em e-mail enviado à NetworkWorld, Mueller afirmou que, da maneira que enxerga a questão, existem milhares de “donos” do Kernel Linux. “A qualquer momento, um desses proprietários pode querer colher os frutos defendendo o princípio de copyleft”, alerta Mueller.
Fonte: NetworkWorld/EUA